Israel ordena que equipa negocial abandone Cairo

Israel ordenou hoje à sua delegação nas negociações de paz com Gaza que abandonasse imediatamente o Cairo, onde decorriam, depois de ativistas palestinianos dispararem três «rockets» sobre o sul do país, hoje à tarde, indicou um responsável governamental.
O responsável, citado pela agência de notícias francesa, AFP, confirmou que a equipa negocial recebeu «ordens para abandonar o Cairo» em resposta ao lançamento de 'rockets'
ocorrido sete horas antes de expirar o prolongamento por 24 horas do cessar-fogo, que terminaria à meia-noite local (22:00 em Lisboa), e ao qual Israel respondeu com um ataque aéreo.
Segundo o diário israelita Haaretz, logo após ter sido informado do disparo dos projéteis palestinianos, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou à delegação que há vários dias negociava, na capital egípcia, uma trégua permanente com Gaza, que regressasse a casa.
«Fontes do Governo disseram que as negociações sobre a trégua no Cairo fracassaram e que, após o lançamento de 'rockets' a partir de Gaza, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa [Moshe Yaalon] ordenaram à delegação israelita que regressasse ao país», noticiou o jornal.
Hoje à tarde, projéteis lançados da Faixa de Gaza caíram em descampados próximos da cidade de Beersheva, a mais populosa do sul de Israel, sem causar vítimas ou danos materiais, indicou o exército israelita em comunicado.
Em consequência, Netanyahu ordenou à força aérea que atacasse «os alvos terroristas em Gaza», indicou um responsável citado pela AFP, a coberto do anonimato.
A mesma fonte confirmou que as forças israelitas responderam à agressão com um ataque aéreo, o primeiro em vários dias, que atingiu os arredores de Beit Lahiya, no norte do enclave palestiniano, e não há, até agora, registo de vítimas.
Fontes palestinianas em Gaza indicaram, por sua vez, que aviões de combate israelitas bombardearam zonas agrícolas na localidade setentrional de Beit Lahiya e outras áreas do norte da Faixa de Gaza, e acusaram Israel de ter sido quem rompeu a trégua.
Diário Digital com Lusa

FONTE:  diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=724544